segunda-feira, 11 de maio de 2009


Homem. Sinceramente, mal necessário?

Passamos nossa vida inteira procurando-os, achando-os e perdendo-os. Instintivamente alimentamos um ciclo de necessidades que julgamos ter, e de plateias que acreditamos que nos assistam.

Quando um homem entra em nossas vidas cedemos a eles o sentido da nossa felicidade. Estamos felizes por eles. Será que por nós também?

O amor, remédio de uma humanidade gangrenada e machucada, vem também como consolador de corações que não sabem o sentido verdadeiro de amar.

Ao nos responsabilizar-nos por aquilo que cativamos assinamos um contrato. Não que sejamos ações, produtos ou bens, na verdade é porque é assim que traduzimos mais adequadamente, na época em que vivemos, o significado da palavra elo. 

Um homem não tem o direito de ferir o coração de uma mulher, quando assim o faz,  imediatamente, é lhe subtraído o “adjetivo” humanizado, animalizando-o á cachorros.

A escassez do mercado torna lobos cordeiros. É intrínseca ao homem a necessidade de machucar? 

Não falo como real sofredora de desafeto, falo-lhes como portadora de um sexo em ascensão no mercado, em ascensão na política, mas em completa decadência no amor. Não que não haja mulheres felizes, sim graças a Deus há! Mas a realidade crua e bruta, infelizmente sobrepõe-se.

Promessas, mentiras, planos, traições, esperanças estraçalhadas, sonhos pisoteados. Assim fica uma mulher vitima do amor. Sentimento mais puro e egoísta, mais suscetível a felicidades e tristezas, a vôos e quedas.

Não machuque o coração de uma mulher. Não é um apelo, é uma ameaça. Um dia ela machucará o seu, e, ao contrario dela que se ergue diante das suas rasteiras, o chão será um abrigo para seu ego inflado e suas palavras narcisistas.

Se isso agora me causa algum sofrimento, não me importo.

Não se cura um câncer sem matar células inocentes. 

Não se cura um coração sem expurgar uma necessidade, chamada vulgarmente de homem, ou em qualquer língua:
aquele que não sente.

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